terça-feira, 30 de agosto de 2016

Teu repouso manso

Hoje deixei todo o meu corpo em ti
Abandonado, arrastado pelo que bati
Num chão duro de pedra arremetido
Por vezes derrotado ou adormecido


Mas nunca minh'alma te deixei
Nunca a verdadeira, te entreguei
Trago-a sempre cheia do que vi
Do que me acalma e do que senti

Haverei de, quem sabe algum dia
Encontrar-me no teu repouso manso
Como um lobo que já não agora uiva
Como a ânsia...que já não mais canso.


Tua Formusura

Tal como o pastor que calca a sonhar 
O verde chão do tempo só 
Rio-me da tua formosura 
Como o pulmão recebe do bom ar 
Como o coração desprende a soltura 
Como a levada...a empurrar a mó.