Tanta a gente que passa
A ver-se a correr sem pé
Será que sente ainda a graça
Da gente que ainda é?
E de acordo com o plano
Acelerado e tão automático
De aplicação e de sucesso
Esquecerei o ser simpático?
Pois então que vida esta
A empurrar ao fundo abismo
De uma tal louca festa
De um tal materialismo?
Pára, apenas aqui um pouco
E recorda quem tu és afinal
A bela criança de espírito louco
Feita do belo amor essencial
Agora suja tuas mãos com terra
E no teu bolso leva-a sempre
Pois o esquecimento emperra
Lembrar o milagre de seu ventre.
Esplêndido!
ResponderEliminar